quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

HOMEM É MORTO EM UM ATAQUE DE TUBARÃO NA NOVA ZELÂNDIA

Reportagem traduzida e adaptada da BBC News da Ásia.


Imagens aéreas parece mostrar o tubarão logo após o ataque



Mapa



Um tubarão matou um homem em uma praia na cidade de Auckland, perto da Nova Zelândia.


O incidente aconteceu por volta das 13:30 (00:30 GMT) desta quarta-feira 27/02/2013 na praia de Muriwai, a oeste da Nova Zelândia. O homem de 47 anos, estava nadando quando foi atacado. A Polícia informou em comunicado oficial que fez buscas com apoio de duas embarcações infláveis e atirou contra tubarão, que rolou e desapareceu, segundo o inspetor Shawn Rutene. Ainda de acordo com a polícia, o homem sofreu ferimentos fatais.
Segundo a TVNZ, os ataques de tubarão são raros na Nova Zelândia, havendo apenas 11 ataques fatais desde 1847, quando começaram os registros. A TVZN informou ainda que o ultimo ataque de tubarão com morte confirmado foi em 1976, na baía de Plenty, a sudeste de Auckland.
Em declaração ao site de notícias "Coisas", o Pescador Pio Mose disse ter visto a barbatana de um tubarão e que em minutos seguintes  o ataque ocorreu, havendo sangue em toda parte na superfície da água.Estima-se que o tubarão tinha cerca de 3.6-4.2 m de comprimento total.
Sr. Mose disse ainda que o homem estava vivo antes de ter visto o tubarão o atacar novamente, puxando-o na água. Relatos de outros locais sugerem que mais de um tubarão pode ter sido envolvido no incidente. Ainda não está claro qual espécie de tubarão atacou o homem, mas as autoridades dizem que grandes brancos haviam sido relatados recentemente na área.
Segundo a polícia, enquanto o corpo do homem era recuperado, o local e outras regiões da praia foram fechadas.

Clinton Duffy, um especialista em tubarões da Nova Zelândia, do Departamento de Conservação, disse à agência de notícias Associated Press que tais ataques são raros e que "há níveis muito mais baixos de ataques de tubarão aqui do que na Austrália.'' Clinton informou ainda que é possível que os ataques ocorram em função da quantidade de pessoas na água, do clima mais frio da Nova Zelândia, disse que os tubarões ignoram seres humanos 99% do tempo.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Redes de proteção: um método equivocado



   O grupo australiano Save Our Sharks, membro da Sociedade de Condrictios da Oceania, fala sobre a técnica de proteção contra tubarões utilizada durante décadas no litoral da Austrália:
   

   Quando os níveis de ataque de tubarão em praias de surf em Sydney eram altos em 1930,  implementou-se as redes contra tubarão para reduzir o número de tubarões e ataques. O programa foi um "sucesso espetacular", com grande número de tubarões mortos e sem ataques fatais nessas praias de surf desde a colocação da rede.

   No entanto, o programa de proteção teve um custo ambiental significativo, em termos de capturas de espécies não-alvo, ou seja, outros animais marinhos (baleias, tartarugas, golfinhos, etc) e espécies de tubarões não-alvo, incluindo espécies protegidas e ameaçadas de extinção, que são mortas nas redes.

   É por isso que a rede de proteção contra tubarão foi listada como um processo chave de ameaça pelo Comitê Científico de Pesca do NWS (New South Wales, um estado no leste da Austrália).

   Foram listados 6 equívocos em relação a tais redes:

Equívoco 1

   "As redes de tubarões são uma barreira física que impede os tubarões de alcançar as áreas rasas de natação das praias de surf."

   Realidade - "As redes de tubarão não agem como uma barreira completa aos tubarões uma vez que eles não estão permanentemente numa faixa d'água, elas não cobrem toda a extensão da praia e não se estendem desde a superfície da água até o fundo do mar. De fato, aproximadamente 40% dos incidentes com tubarões nas praias ocorrem no lado das redes, porque os tubarões são capazes de nadar sobre e em torno das redes."

Equívoco 2

   "As redes de tubarões agem como um impedimento para os padrões de migração dos tubarões e eles evitam as redes."

   Realidade - Nenhuma pesquisa foi realizada para continuar a testar esta hipótese e a mesma mantém-se infundada. No entanto, tem-se afirmado como fato na mídia mais do que uma vez, nos últimos anos,  que "A única razão para as redes é matar tubarões para reduzir as suas populações."

Equívoco 3

   "Tubarão bom é tubarão morto e quanto mais tubarões são capturados nas redes, melhor."

   Realidade - Os tubarões têm um papel de fundamental importância no ecossistema marinho. Predadores como o tubarão branco e o tubarão-tigre mantem o equilíbrio de ecossistemas como os únicos predadores de focas, leões marinhos, e peixes de grande porte. A extinção de tais predadores afetaria nossas pescarias comerciais, assim como as populações de mamíferos marinhos aumentariam, causando grande desequilíbrio. O grande tubarão branco está agora listado como vulnerável e protegido em todas as águas estaduais australianas.

Equívoco 4

   "Se as redes de tubarão forem removidas, os ataques de tubarão irão aumentar rapidamente."

   Realidade - Os tubarões têm um potencial reprodutivo muito baixo. Como resultado, a recuperação da redução de suas populações é muito lenta, o que é um dos motivos dos quais os tubarões (e raias) estão em declínio em todo o mundo.

Equívoco 5

   "Todos os tubarões são predadores carnívoros e são um grande perigo para os seres humanos. "

   Realidade - Considerando o maior tubarão, o tubarão-baleia, ele se alimenta de plâncton, e o tubarão de Port Jackson (assim como o tubarão lixa) tem dentes modificados como placas de esmagamento para comer invertebrados, é errado generalizar sobre todos os tubarões. A grande maioria dos tubarões são inofensivos para os humanos.

Equívoco 6

   "O pequeno número ameaçado e protegido de tubarões mangona (Carcharhias taurus) e grandes tubarões brancos capturados anualmente nas redes de tubarão são realmente um número insignificante e não constituem uma ameaça para a sua sobrevivência."

   Realidade - "A população de tubarões mangona é extremamente suscetível à mortalidade por pesca em experimentos de modelagem. Todos os cenários onde a mortalidade por pesca relacionada estava presente, o total da população de tubarões mangona diminuiu." A rede de tubarões é uma rede de pesca de emalhar pelas brânquias e deve ser incluído nessa diretriz. A população de tubarão mangona no leste da Austrália, da qual a grande maioria se encontra em NSW, está em perigo de extinção.

Então o que podemos fazer sobre isso?

   Redes de tubarão é um método bárbaro pré-histórico de "proteger nadadores".

   Esta prática foi implementada em 1930 e ao longo dos últimos 70 anos não houve nenhuma atualização para se fazer uso de técnicas inofensivas e de dispositivos tecnológicos modernos que já existem para deter tubarões.

   O programa da rede de tubarões continua a matar espécies de tubarões vulneráveis ​​e ameaçadas de extinção, e de forma indiscriminada mata outras espécies não-alvo, como as baleias e seus filhotes sobre a migração anual, golfinhos, tartarugas, entre outros animais. Apelos públicos e pressão sobre os departamentos do governo é a única maneira que este processo vai ser alterado.

* Escreva para o seu MP local e expresse as suas preocupações - sugira o teste e julgamento de técnicas modernas de impedimentos de tubarão, como o Shark Shield.

* Assine petições contra redes de tubarão, como última instância, um grande número por trás dessas causas irá gerar uma resposta.

* Eduque seus amigos e familiares sobre o que as redes de tubarões realmente fazem. Aumente a conscientização sobre a questão.

   Não há dúvida de que esta é uma questão política - no entanto, a pressão contínua para a reforma desta prática é a nossa única esperança de iniciar a mudança.

O texto foi traduzido e adaptado do site oficial do grupo.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

No Recife, orla de Boa viagem ganha seis novos postos guarda-vidas


Reportagem do G1 Pernambuco.

Governo de Pernambuco investiu R$ 4 milhões nas novas estruturas.
Outras cinco devem ser inauguradas ainda no primeiro semestre de 2013.

Seis postos integrados de guarda-vidas são inaugurados na orla do Recife na manhã deste sábado (23) (Foto: Kleber Barros/TV Globo)Seis postos integrados de guarda-vidas foram inaugurados na orla do Recife na manhã deste sábado (23) (Foto: Kléber Barros/TV Globo)

Seis novos postos de guarda-vidas erguidos na orla da praia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, foram inaugurados pelo governador Eduardo Campos na manhã deste sábado (23). Foram investidos cerca de R$ 4 milhões no Projeto Orla Segura, que viabilizou a construção das novas estruturas para fazer com que as ações de prevenção e socorro tenham maior visibilidade para a população nas praias da cidade.
A iniciativa vai permitir salvamento aquático, policiamento, apoio ao turista, acessibilidade e fiscalização de trânsito. Em casos de emergência, duas ambulâncias, um helicóptero, 14 triciclos, quatro jetskis, lanchas e flexboats estarão disponíveis para o serviço de resgate. Um total de 175 salva-vidas estarão a postos nas unidades. Para evitar o desaparecimento de crianças, uma das ocorrências mais comuns na praia, uma ação específica foi lançada. Os bombeiros vão distribuir pulseiras coloridas para que os pais identifiquem a criançada. Cada cor representa uma determinada área da orla.


A inauguração aconteceu no posto de número 5, em frente o Edifício Acapulco. Nos novos postos, os guarda-vidas vão contar com videomonitoramento e radiocomunicação para facilitar e agilizar o atendimento às vítimas no caso de afogamento, acidentes e ações criminosas. Polícia Militar, Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit), Prefeitura do Recife, Guarda Municipal e Corpo de Bombeiros trabalham de forma integrada no projeto.

Outros cinco postos devem ser inaugurados ainda no primeiro semestre deste ano, nos 9,5 quilômetros de orla que compreendem as praias de Brasília Formosa, Pina e Boa Viagem. A ideia é que o projeto se estenda por todo o litoral pernambucano
.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O Blog "Amigos do CEMIT" confirma entrevista exclusiva com a atual presidente do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões - CEMIT, a professora Dra. Rosangela Lessa. A entrevista está agendada para a próxima semana em data e horário a confirmar na próxima segunda-feira 25/02/2013. Aguardem.

Dra. Rosangela Lessa, Presidente do CEMIT.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

A universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE divulga nota esclarecendo que NÃO está conivente com os grupos informais que promovem “pesca seletiva, pesca preventiva e pesca com premiação".

  Em Nota de Esclarecimento, a Assessoria de Comunicação da Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE repudia a suposta associação da Instituição à grupos que promovem a captura indiscriminada de tubarões através de práticas  não previstas nos códigos de ética e conduta em vigor. Confira abaixo a Nota na íntegra:



NOTA DE ESCLARECIMENTO DA UFRPE

"Entre o mês de julho de 2012 até a presente data, têm sido divulgadas pela imprensa (jornais impressos, internet e televisão) diversas matérias sobre atividades desenvolvidas por grupos informais. Tais reportagens associam a Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE às ações que promovem “Pesca Preventiva”, “Pesca seletiva, Pesca preventiva com incentivo aos pescadores”, proposta de inserção de redes/telas de “proteção”, além de estratégia de monitoramento paralelo ao realizado pelo Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões – CEMIT, do Governo do Estado de Pernambuco.

Deste modo, vimos esclarecer que a UFRPE não tem por filosofia o estimulo de práticas que não estejam estritamente definidas nos códigos de ética ou conduta e na legislação em vigor. Além disso, informamos que também estamos fundamentados na Lei de Crimes Ambientais nº. 9.605/1998 e nas Instruções Normativas 05/2004 e 52/2005 do Ministério do Meio Ambiente – MMA, que trata das espécies “ameaçadas com extinção”.

Igualmente, relatamos que a UFRPE não pactua com as práticas de pesca divulgadas por tais grupos informais, as quais descaracterizam a atividade definida na Lei 11.959 de 2009, Art. 8º que permite apenas a pesca para fins comerciais, de subsistência, amador ou científico.

De acordo com o decreto n° 26.729 de 17 de maio de 2004 é o CEMIT o único órgão empoderado para tratar da problemática dos incidentes com tubarões no Estado de Pernambuco, sendo a UFRPE membro efetivo do comitê, exercendo sua presidência. Portanto acrescenta-se que as atividades de monitoramento de incidentes com tubarões no estado é papel exclusivo do CEMIT.

Desta forma, a UFRPE lamenta fortemente que o “monitoramento paralelo realizado com incentivo aos pescadores locais”, promovido por grupos particulares  tenha resultado na captura de exemplares de espécies “ameaçadas de extinção.”

A UFRPE tem contribuído para a conservação/manutenção da biodiversidade brasileira desenvolvendo inúmeras pesquisas que subsidiam com dados a elaboração de normas que regem o assunto no País, inclusive as citadas na presente nota. Assim, cumpre esclarecer que a veiculação das matérias divulgadas na mídia sobre iniciativas informais desenvolvidas ao arrepio da lei vigente, já trouxe prejuízo à questão ambiental, não se devendo, entretanto associar essas ações e suas consequências à UFRPE.

 

Assessoria de Comunicação da UFRPE."




sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

ILHA REUNIÃO: Saiba sobre o caso que tem inspirado grupos informais no Nordeste



  "O prefeito da Ilha Reunião foi forçado a retirar a decisão de pagar pescadores para matar tubarões após um ataque fatal, pois tal decisão contraria a legislação de conservação francesa.
  Thierry Robert MP, prefeito da cidade de St Leu, onde acredita-se que um tubarão cabeça-chata tenha sido o responsável pela morte de um surfista, tomou a decisão de "agir para garantir a segurança dos bens e do povo de sua cidade, autorizando a pesca do tubarão por quaisquer meios, incluindo caça submarina dia e noite".
  Ele disse que a cidade iria comprar tubarões cabeça-chata de mais que cinco pés (1,52 metros) capturados por todos os pescadores ou caçadores, e pagar € 2 (dois euros) por quilo para os 30 primeiros tubarões comprados para a marina.
  Reunião, um território francês administrado, no Oceano Índico entre as Ilhas Maurício e Madagascar, relatou nove ataques entre 2000-2010, com uma fatalidade. A morte deste último caso foi o sétimo ataque e a terceira fatalidade desde o início de 2011.
  Preocupado que tal decisão pudesse ser ilegal, Robert retirou a ordem depois de uma reunião em Paris com Victorin Lurel, o ministro dos territórios ultramarinos. Pois, a legislação francesa proíbe a pesca ou caça "por qualquer meio", em áreas marinhas protegidas.
  A decisão inicial foi recebida pela população local, com quase 300 surfistas que se reuniram em frente ao prédio da prefeitura para exigir a permissão da pesca de tubarão na reserva marinha. Grupos de direitos dos animais criticaram tal "plano".
  Ali Hood, diretor de conservação do "Shark Trust" baseado no Reino Unido, um membro da campanha de conservação "Shark Alliance", disse: "O Shark Trust manifesta a sua solidariedade à família do surfista fatalmente ferido. No entanto, não acredita que um abate indiscriminado financeiramente orientado seja uma resposta adequada e encoraja o governo local a rever a sua posição e autorizar uma investigação mais detalhada sobre as circunstâncias que levaram ao incidente inicial. "
  Allison Perry, especialista em tubarões e cientista marinho do Europa Oceana, disse: "Obviamente, a perda de vida humana é uma preocupação para o governo, mas um movimento como este é preocupante, já que não sabemos qual seria o potencial impacto sobre a população de tubarões cabeça-chata. "
  Os ataques de tubarão aumentaram, no Oceano Índico, com dois ataques fatais nas Seychelles ano passado. A Austrália tem visto um número incomum de ataques, o que levou o governo estadual a pedir uma revisão do status nacional de proteção do grande tubarão branco.
  Houve cinco mortes globalmente a partir de ataques de tubarão até agora este ano. De acordo com o Arquivo Internacional de Ataque de Tubarões, houve 12 mortes por ataques de tubarões "não-provocados" em 2011.
  Conservacionistas estimam que até 73 milhões de tubarões são mortos todos os anos. "É importante ter em mente que tipo de números que estamos falando. Em 2011, em todo o mundo houve 12 ataques de tubarão não provocados fatais relatados, em 2010, foram seis. Ao longo desses dois anos, há um aumento, mas em números reais são relativamente pequenos. Quanto aos números de tubarões, somos muito mais perigosos para os tubarões do que eles são para os seres humanos ", disse Perry.
  Ela citou um estudo australiano a partir de 2011, que concluiu que o aumento de ataques de tubarão foram relacionados a um aumento na população humana: mais pessoas indo para as praias, um aumento na base de água de esportes, ou áreas de visita que foram previamente isoladas. "Quando se trata de ataques de tubarão, surfistas e nadadores tendem a ser mais em risco, mas é importante lembrar que essas pessoas estão entrando no habitat de um animal selvagem."

  Este artigo foi corrigido em 2 de Agosto de 2012, publicado na página do The Guardian. Leia a artigo original aqui.
  
    A problemática de ataques não possui uma restrição local, tubarões existem em todo o mundo e não é caçando-os que tal problema será resolvido (essa ideia também existe mundo afora). Quando qualquer espécie é exterminada todo o ambiente onde ela vive é afetado. Já desequilibramos demais o meio ambiente "naturalmente", não precisamos deixar pior o que já está ruim.

OBS: Apesar de ser um artigo antigo, muitas pessoas acreditam que essa "caça aos tubarões" ocorre e usam tal fato para usar como exemplo a ser seguido, sem nem mesmo saber que a atividade não teve início.



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

PRONUNCIAMENTO DO BLOG AMIGOS DO CEMIT


Caros amigos blogueiros,

vimos comunicar que nós da gestão deste blog NÃO concordamos com comentários que venham a ofender a imagem de pessoas participantes ou não deste espaço. Lembramos ainda, que esta ferramenta foi criada com a intenção de debater o problema "ataques de tubarão em Pernambuco" com elevado nível, bem como tratar da defesa dos elasmobrânquios (tubarões e raias). É lamentável o comportamento de alguns participantes que vieram a tratar do assunto com extrema falta de respeito e baixo nível. Por este motivo, o "Amigos do CEMIT" pede desculpas àqueles que debatem com respeito o assunto e que estão em busca de mais informações sobre o assunto. Também agradecemos a contribuição destes que só enriquecem o nosso espaço com informações e dúvidas que por nós podem ser esclarecidas. Tratamos todos com extremo respeito e por isso alguns dos comentários deste blog foram retirados e continuarão a ser, caso haja desrespeito. 


Agrademos a contribuição e compreensão de todos.

Atenciosamente,

Direção do Amigos do CEMIT . 

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O "famoso cabeça-chata" de Maracaípe em foco


  Será que era mesmo cabeça-chata? O presidente da SBEEL (Sociedade Brasileira para o Estudo de Elasmobrânquios), Francisco Santana em uma nota de esclarecimento já tinha afirmado não ser um cabeça-chata o tubarão capturado em Maracaípe (veja aqui a Nota).

Enquanto aguardamos esse "mistério" ser resolvido, vamos ver apenas uma diferença básica:

(1)
*"identificado" pelo grupo PROPESCA

(2)

(3)


  Com uma breve olhada, os dentes inferiores "até passam despercebidos", mas os superiores são BEM diferentes pelo que podemos ver em qualquer foto, seja nessas de fácil acesso na internet ou aquelas outras dos livros de identificação...
Não sei vocês, mas achamos que alguma coisa não está tão bem "identificada" nessa história...
Após o carnaval teremos mais algumas diferenças básicas, não percam a próxima aula.
Bom carnaval para todos!





terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O IBAMA avisa aos pescadores:





Mais um exemplo a ser seguido!!!

Pescador recebeu pena de 12 meses de prisão e multa de R$ 26,6 mil por matar tubarão na África do Sul.



  "Uma corte sul-africana condenou um pescador por capturar e matar um grande tubarão-branco em 2011. Essa é a primeira decisão do tipo no país, informou em comunicado o Ministério de Agricultura e Pesca do país. A província de Cabo Ocidental aplicou uma pena de 12 meses de prisão ao pescador amador Leon Bekker – com direito a suspensão temporária de execução – e multa de 120 mil rands (R$ 26,6 mil) pela morte do animal.
  A decisão foi elogiada por conservacionistas, que dizem esperar que a iniciativa ajude a desencorajar outros de caçar essa espécie protegida. O grupo ambientalista Fundo Mundial para a Natureza (WWF) saudou a medida. "Ver as autoridades tomarem uma medida clara como essa é um excelente indício do compromisso em manter o status dessa espécie protegida", afirmou a porta-voz da WWF sul-africana, Eleanor Yeld-Hutchings. "Esperamos que essa sentença nada desprezível seja um inibidor para práticas assim na África do Sul", acrescentou."
Esperamos que tal sentença seja disseminada e aplicada em outros locais, inclusive aqui!!!


Tubarões em risco de extinção. Campanha pela moratória da pesca de tubarões na costa brasileira.

Tubarões em risco de extinção. Campanha pela moratória da pesca de tubarões na costa brasileira.
100,000
4,268
4,268 assinaturas. Vamos chegar a 100,000

Por que isto é importante

Cerca de 100 milhões de tubarões são mortos a cada ano para abastecer o comércio mundial de nadadeiras/barbatanas pela prática do "finning", segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).

O Finning é uma prática cruel, que está dizimando os tubarões por todo o mundo. Nela, o animal é capturado e suas nadadeiras/barbatanas são cortadas. O tubarão é jogado de volta ao mar, sangrando e incapacitado de nadar, tendo uma morte agonizante.
A pesca para obtenção das nadadeiras/barbatanas de tubarão é uma ação predatória e insustentável, ameaçando seriamente a sobrevivência das populações de tubarões. Esta crueldade já dizimou um número inacreditável: Mais de 90% da população de grandes tubarões do mundo foi exterminada. porque esta brutalidade é mais rápida que a sua capacidade de reprodução. E em nosso litoral, 67% das espécies de tubarões já estão correndo algum tipo de risco de extinção. Nos últimos 20 anos, as populações de tubarões declinaram em até 90%, segundo as pesquisas e dezenas de espécies estarão extintas nas próximas décadas.






segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Assine você também!!



  " Nós abaixo assinados nos posicionamos firmemente contra a campanha que estimula a matança de tubarões que vem sendo organizada com fornecimento de materiais de pesca e recompensas em dinheiro fornecidas para os pescadores (...)"

Assine aqui <


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013


FAO apoia inclusão de tubarões entre as espécies com restrição para o comércio

Fonte: 31/01/2013   -   Autor: Fernanda B. Mûller   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil


A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) está divulgando um relatório sobre o quarto painel de especialistas para análise de propostas de emenda aos apêndices I e II da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção – CITES. 

O foco do painel, realizado em dezembro de 2012, foi sobre as espécies aquáticas comercialmente exploradas que são alvo de propostas para proteção sob a CITES. As propostas serão discutidas no mês de março durante o 16° encontro da entidade em Bangkok, Tailândia.

“Durante diversos anos tem sido tentada a inclusão de espécies de tubarões nas restrições de comércio da CITES. Infelizmente, por pressão de países como Japão, China e outros, bem como a omissão ou oposição disfarçada de países da América Latina, até hoje não foi possível lograr a adoção dessas restrições”, lamentou Paulo Guilherme, fundador da ONG brasileira Divers for Sharks.

O painel de especialistas da FAO, com base em evidencias disponíveis, concluiu que:

  • O tubarão galha-branca-oceânico (Carcharhinus longimanus); as sub-espécies de tubarão-martelo Sphyrna lewini - que é alvo de uma campanha com o apoio do Brasil -, Sphyrna mokarran e Sphyrna zygaena; e o tubarão-sardo (Lamna nasus) atendem aos critérios para serem listados no apêndice II da CITES;
  • Para o tubarão-sardo (Lamna nasus), as populações do Atlântico Norte e do Mediterrâneo atendem aos critérios de declínio exigidas pelo apêndice II, já para o Atlântico sudoeste, as análises indicam uma queda substancial, mas com resultados incertos;
  • O peixe-serra (Pristis microdon), que ocorre em ambientes estuarinos/marinhos da região indo-pacífico, atende aos critérios biológicos para ser transferido do apêndice II para I. A espécie é classificada pela lista vermelha da IUCN como criticamente ameaçada;
  • Sobre as raias-manta (presentes em águas brasileiras), devido à escassez de informações históricas e recentes confiáveis de ambas espécies, não é possível analisar o declínio para inclusão no apêndice II. Conforme outro relatório, divulgado nesta semana pela Convenção para a Conservação de Espécies Migratórias de Animais Selvagens, a M. birostris é muito vulnerável à exploração humana, especialmente à pesca causada pelo aumento da demanda por suas barbatanas, fígado e filamentos de guelra. 
  • As raias de água doce Potamotrygon motoro e P. schroederi (encontrada por exemplo no Rio Negro, no Brasil), estão em declínio na Colômbia, mas não no nível exigido pelo apêndice II. Já no Brasil, as informações disponíveis não mostram nenhuma tendência marcada.

Sob a CITES, as espécies são agrupadas em apêndices, segundo o grau de ameaça em que se encontram:
  • Apêndice I, inclui as espécies ameaçadas de extinção e cujo comércio é permitido apenas em circunstâncias excepcionais.
  • Apêndice II, abrange espécies não necessariamente ameaçadas, mas que o comércio deve ser controlado para evitar um uso incompatível com a sua sobrevivência.
  • Apêndice III, estão contidas espécies protegidas ao menos em um país, e que haja solicitação de outras partes da CITES para controlar seu comércio.
A Divers for Sharks estará em Bangkok representando os mergulhadores, "um conjunto de protagonistas da sociedade que gera emprego e renda para milhões de pessoas ao redor do mundo com a conservação, e não a pesca e o tráfico, dos tubarões", como descreve Paulo Guilherme.
A ONG fará uma frente de lobby apoiando a posição da delegação oficial brasileira, a favor das restrições do tráfico. “Levaremos 2000 exemplares do nosso manifesto [que será divulgado em breve] para ser entregue em mãos para os comissários votantes”, completou.